Nós, integrantes de grupos de sócios, sócios-torcedores e torcedores do Clube de Regatas do Flamengo, manifestamos preocupação com a política de ingressos para os jogos de futebol do clube, em particular para as partidas na Ilha do Urubu.
O Flamengo ergueu uma estrutura na área no Estádio Luso-Brasileiro para privilegiar o aspecto esportivo, e não o financeiro. É isso que, em mais de uma oportunidade, foi vendido como ideia, nos múltiplos foros do clube, assim como na imprensa, por representantes do Conselho Diretor. Na Ilha, o Flamengo teria enfim acordado, após um sono de anos, para a urgência de estabelecer uma casa, ainda que provisória, e transformá-la numa plataforma para o triunfo.
Qual não é a nossa surpresa ao ver a Ilha sendo convertida, de oferta em oferta de ingressos, de partida em partida de campeonato, em um “espaço premium”, que exclui segmentos menos abastados, dentre sócios-torcedores e torcedores em geral? Uma arena, onde deveria haver estádio.
Que Flamengo teremos que não o Flamengo que se fez grande apostando na massa e na festa? Que Flamengo é este que não se reconhece no espelho? Que Flamengo é este que confunde imediatismo com pragmatismo, cegueira com tino?
Reafirmamos o compromisso com um Flamengo sustentável. Sustentável, mas Flamengo: não há marca que prospere sem a memória da gênese de sua grandeza, sem identidade. E a nossa identidade, por opção que deve ser renovada de grito em grito, tornou-se — e hoje é, acima de todas — uma identidade popular. Se falta a alguns o conhecimento de futebol, que não se culpe a falta de material de pesquisa: está nos livros de História.
Nós, integrantes de grupos dos sócios, sócios-torcedores e torcedores do Clube de Regatas do Flamengo, clamamos por uma correção de rumos. Para enxergar o futuro, o Flamengo precisa antes reaprender a se enxergar.
Assinam:
FLAFUT Flamengo da Gente Ideologia Rubro-Negra Sinergia Rubro-Negra
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