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Era uma vez... 2016

(Originalmente publicado em 12/12/2016 em https://medium.com/@FlaFut/era-uma-vez-2016-4f65055a6537)


Era uma vez, um Clube gigante e que iniciava 2016 eufórico. Eufórico com a grande vitória nas urnas do Presidente e de sua turma. Aquele pessoal prometera reforços “nível A”, disputa de títulos, tecnologia a serviço do esporte, jogadores sempre no auge físico e muito mais. Além disso, após muitos anos, havia dinheiro em caixa para cumprir todas aquelas promessas. Não tinha como dar errado. Todos (ou quase todos) os torcedores daquele Clube também estavam animados. Até mesmo contratações de gosto duvidoso e renovações questionáveis foram colocadas em segundo plano. A “inviabilidade” de um campo para jogar na cidade do Rio de Janeiro também foi momentaneamente deixada de lado, mesmo com os falidos rivais locais “viabilizando” campos para mandarem seus jogos. Esqueçam que o planejamento da temporada estava sendo mal feito. O multicampeão “Aqui é Trabalho, Meu Filho” (turbinado após estágio relâmpago no Barcelona) vai resolver tudo, vocês vão ver. Veio então o primeiro teste do ano, o Campeonato Carioca. Torneio tradicional, mas teoricamente “fácil”, com adversários falidos e mal estruturados. Deu tudo errado. Nosso time não conseguiu beliscar nem uma final de turno. Eliminação para nosso rival da Segunda Divisão, completando a incrível marca de 9 jogos sem vitória sobre eles e com direito a uma cena de astronauta do “Ex Capitão”. Mas aquele era um torneio que aquele Clube “nem queria” mesmo. Deixa pra lá! O importante era a Primeira Liga — campeonato criado com grande atuação do Presidente e que chegava para trazer novos ares ao futebol brasileiro. Um torneio novo, um troféu inédito e que, obviamente merecia força máxima, correto? Errado! No primeiro jogo eliminatório, inexplicavelmente foi a campo um time misto e a eliminação veio a galope. Sorrisos amarelos, frustração e até mesmo revolta. Quase todos chateados com aquilo tudo. Menos o “Intocável”. Para o Intocável, a eliminação foi “até boa, porque teremos agora uma competição a menos para disputar”. Abre parênteses: o Intocável usa o Manto, mas tem nível de time pequeno, dentro e fora de campo. Fecha parênteses. O primeiro semestre estava indo muito mal. Mas quando é assim, há sempre a Copa do Brasil, pensaram os torcedores daquele Clube. Aquela que nunca nos falha, onde sempre vamos bem, onde sempre vamos longe.

Mas não dessa vez … Inédita derrota na estreia para o super inexpressivo Confiança e eliminação na segunda rodada para o apenas inexpressivo Fortaleza.

A essa altura, aquelas mesmas pessoas eufóricas e animadas do início do ano, já traziam consigo outros sentimentos menos agradáveis. Resignação por mais um ano sem títulos e apreensão por um segundo semestre que tinha tudo para ser marcado pela briga contra o inédito rebaixamento no Brasileirão. Muitos até mesmo com extrema preocupação, diante de um “planejamento” tão confuso: chegada de jogadores no meio da temporada e a inaceitável repetição de erros de temporadas anteriores. Na contramão do senso comum, apenas a avaliação do Presidente e de seu “001”. Para eles, o trabalho estava “excelente”, “no caminho certo”, mesmo com um time sem qualquer padrão e com a insistência em jogadores como o “Jacaré” e o Ex Capitão — tudo para “ganhar” o vestiário. Porém, querendo ou não, acabou o trabalho “excelente”. Motivos de saúde deram fim ao curto e péssimo ciclo do “professor” (ex-estagiário do Barça, agora comentarista de TV), encerrando também um contrato de dois anos (com multa rescisória milionária) que o Presidente e o “001” tinham assinado com ele. Se alguma coisa positiva poderia sair de tanta coisa errada, era, ao menos, a esperança de uma mudança de rumo, quem sabe a salvação para (mais) um ano perdido. Mas nada naquele Clube é fácil ou rápido. E começaram o campeonato mais importante e difícil da temporada com apenas três zagueiros no elenco, sem técnico e sem campo para jogar … Até o Ex Capitão (elogiado por muitos) pediu para sair. Cansou de fincar bandeiras pelo Brasil afora e foi ser feliz em outras paradas, sendo reserva absoluto no extremo sul do país. Por sinal, a questão do mando de campo sempre foi um capítulo à parte dessa história.

Um show de equívocos, passando pela falta de um estádio na cidade natal daquele Clube e chegando ao cúmulo de jogar em Brasília contra o maior adversário no campeonato, com a torcida adversária maior e tendo um zagueiro/goleiro demitido e “de férias” em campo.

Tudo isso sob a aprovação e satisfação do “CEO”, que ficou feliz com a “zona mista” (também conhecida às vezes como “praça de guerra”) e com a “união” entre as torcidas. O resultado disso foi sentido até o fim do Brasileirão: derrota no campo, como também perda do direito de ter torcida no jogo de volta contra o mesmo adversário. Numa briga acirrada, apenas um ponto em dois jogos de “seis pontos”. A matemática pune. Depois de muita indefinição e especulações, efetivou-se o “Interino” e chegaram alguns reforços, especialmente para a zaga (antes tarde do que nunca). Mesmo não jogando um grande futebol, o time ao menos tinha padrão e somava importante pontos — dentro e fora de casa. Além disso, o Interino enxergou algumas coisas bastante óbvias, como a troca do goleiro do time — algo impensável no primeiro semestre. Sentiu-se um “cheiro” de coisas boas, que se reforçou com a chegada do PRIMEIRO e ÚNICO reforço “nível A” do ano, recebido com pompa e circunstância no aeroporto pelos (mais uma vez eufóricos) torcedores. Era o único bom momento da temporada e até mesmo a eliminação da Sul Americana para o inexpressivo Palestino foi (inacreditavelmente) minimizada por alguns — afinal, agora poderíamos focar apenas no “hepta”. Mas não foi isso que se viu. O “cheirinho” foi diminuindo na mesma proporção do preparo físico e interesse dos jogadores. Foi se esvaindo com a mesma clareza que o “Interino” (agora já rebatizado de “Definitivo”) demonstrava, rodada após rodada, estar ainda despreparado para comandar um gigante do tamanho daquele Clube. Nem mesmo a volta para a casa foi capaz de fazer aquele Clube chegar perto do tão sonhado título — ficando com um honroso terceiro lugar e uma vaga na Libertadores. Pouco para a euforia de janeiro, mas até muito para o desespero que imperava em meados do ano. Nós, do Grupo FLAFUT, esperamos que essa história seja reformulada e que em 2017 tenhamos um final feliz. Que o Presidente, o CEO e o 001 aprendam a moral dessa história para não repetirem todos os seus erros. Que mesmo com a iminente renovação do Intocável, façam um planejamento à altura do gigantismo do Flamengo. E que tragam jogadores que honrem nosso Manto Sagrado. Quem sabe assim possamos voltar a ver algo que não vemos desde o dia 13 de abril de 2014: um título — de preferência internacional. Que Zico nos proteja e feliz 2017 a todos. SRN, FLAFUT #FocoNoFutebol

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